Um dado divulgado nesta semana chama atenção quando o assunto é assédio e importunação sexual que acometem as mulheres. O estudo aponta que 45% das brasileiras já foram tocadas em público sem o próprio consentimento.
Publicado pelo portal Nexo Jornal, o levantamento “Percepções sobre controle, assédio e violência doméstica: vivências e práticas” tem o objetivo de trazer um panorama sobre a percepção do público brasileiro sobre esses temas.
No mesmo relatório, somente 5% dos homens dizem que cometeram a prática. A pesquisa revela que 32% das mulheres disseram ter passado por alguma situação de importunação (nome dado a qualquer prática de ato libidinoso contra alguém sem consentimento) no transporte público. Enquanto isso, nenhum dos homens entrevistados disse ter praticado esse tipo de ato nesses ambientes. Além do mais, 41% das mulheres relataram que são hostilizadas ou sofrem agressão, quando recusam as investidas dos homens.
Segundo o Nexo Jornal, o estudo foi realizado pela empresa Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec), em parceria com o Instituto Patrícia Galvão e apoio da Uber. A pesquisa ouviu 1.200 pessoas de todo o País (sendo 800 homens e 400 mulheres), entre 21 de julho e 1º de agosto.
Machismo no ambiente corporativo
O assédio sexual também é comum no trabalho para 46% das mulheres. É o que consta no levantamento da consultoria Nielsen, divulgado na reportagem “Machismo nosso de cada dia”, da Revista Caótica, edição de setembro de 2022.
O infográfico abaixo, que faz parte da publicação, detalha alguns tipos de comportamentos discriminatórios contra as mulheres no ambiente profissional:
Em tempo: ataque às mulheres nas eleições
As mulheres são vítimas, inclusive, de várias agressões em redes sociais quando o tema é eleição. De acordo com a matéria do Projeto Colabora, menções à loucura, histeria ou doenças mentais são a principal arma disseminada no Twitter para se referir às candidatas.
Na primeira semana de campanha, o MonitorA 2022** identificou 518 aparições de termos como louca, doida, maluca, desequilibrada, histérica e descontrolada relacionados às mulheres que disputam um cargo político. Também entram na conta postagens que sugerem que elas “se tratem”, “se mediquem” ou “se internem em uma instituição psiquiátrica”, entre outras referências desse tipo.