Foto: Alan Cabello via Pexels
Provavelmente, o que muita gente deve concordar é que, os últimos anos vividos, durante a pandemia do Covid-19, reforçaram a sensação de vulnerabilidade.
Mas o tema não é algo novo. Pelo menos, para Brené Brown, escritora, pesquisadora e assistente social, que, diante de muitos estudos científicos, acabou descobrindo como o tema que, para muitos é espinhoso, impacta a vida pessoal e profissional.
Sua análise inicial focou sobre sensações como vergonha e medo. No entanto, a partir disso, ela foi percebendo que havia dois grupos de pessoas diante das adversidades: aquelas que se valorizavam e outras que sempre se questionavam. Então, foi um pulo para ela se debruçar sobre o primeiro.
Essa jornada pode ser vista no TED Talk “O poder da vulnerabilidade”, um dos mais assistidos da plataforma, com mais de 50 milhões de visualizações.
Brené também colhe os sucessos de seus livros que renderam derivações desse assunto: “A Coragem para Liderar”; “A arte de ser imperfeito”; “Mais forte do que nunca” e “A Coragem de ser Imperfeito”. As publicações conquistaram o topo da lista dos mais vendidos no The New York Times.
Atualmente, a pesquisadora comanda um programa de entrevistas chamado “A Call to Courage”, no Netflix. A seguir, você acompanha um resumo sobre a palestra no TED Talk:
“Você percebe que conexão é o motivo por que estamos aqui. É o que dá propósito e significado à nossa vida”.
“E vergonha é muito facilmente compreendida como o medo da desconexão. Há algo sobre mim, que se outras pessoas souberem ou virem, fará com que eu não mereça conexão? Posso dizer que isso é universal. Todos nós sentimos isso. Pessoas que não sentem vergonha não têm capacidade para empatia ou conexão humana.”
“Elas tinham em comum um senso de coragem…a definição original de coragem vem da palavra latina ‘cor’, que significa coração. E a definição original é contar a história de quem você é com todo o seu coração. Então essas pessoas tinham, simplesmente, a coragem de serem imperfeitas.”
“Tinham compaixão de serem gentis consigo mesmas e, então, com os outros, porque não podemos praticar a compaixão com outras pessoas se não conseguirmos nos tratar com gentileza. E, no final, elas tinham conexão…”
“Outra coisa que elas tinham em comum era: abraçavam completamente a vulnerabilidade. Elas acreditavam que o que as tornava vulneráveis as tornava lindas. Elas não falavam da vulnerabilidade como algo confortável, nem como algo doloroso…falavam apenas que isso era necessário.”
“…e passei os anos seguintes tentando entender quais escolhas os corações plenos faziam e o que estamos fazendo com a vulnerabilidade. Por que lutamos contra ela?”
“Eis o que aprendi: anestesiamos a vulnerabilidade…você não pode anular emoções seletivamente. Você não consegue anular sentimentos pesados sem anestesiar outros sentimentos e emoções.”
“Uma das coisas que eu acho que temos que pensar a respeito é por que e como anestesiamos. E não falo apenas em vícios. Outra coisa que fazemos é tornar certo tudo que é incerto. A religião passou de uma crença de fé e mistério para certeza.”
“Fingimos que o que estamos fazendo não tem impacto enorme sobre outras pessoas.”
Para assistir ao vídeo abaixo com a legenda em português, clique no ícone, localizado no canto inferior, ao lado direito (ao passar o mouse em cima dele irá aparecer o nome Subtitles).
E você? Após assistir ao vídeo, já parou para refletir como define a sua própria vulnerabilidade? E o que faz você se sentir vulnerável?