Foto: Yan Krukov
A maneira como agimos e falamos em qualquer circunstância está ligada ao nosso cérebro, que envia comandos para o nosso corpo. No entanto, você já imaginou quais sensações e sentimentos ocorrem no momento da interação entre quem lidera uma equipe e os próprios colaboradores durante o trabalho?
Diante disso, a neurociência e a liderança começam a ser vistas como áreas interligadas no mundo corporativo. Mas será que essa união faz sentido e gera resultados promissores nas empresas? Segundo alguns estudos, pode ter certeza que sim, viu?!
É o que consta no e-book “Neurociência aplicada à liderança e gestão de equipes – como se tornar um líder de sucesso”, produzido pela Isat. Vamos, agora, conhecer os principais pontos desta publicação.
Primeiramente, é bom ter uma noção do que é neurociência. De acordo com o e-book, ela diz respeito ao “estudo do sistema nervoso, assim como da anatomia e das funções do cérebro relacionadas às áreas cognitivas e aos comportamentos”.
Neuroliderança nos negócios
No esporte, para um time conquistar seus objetivos, é necessário que atletas sejam orientados, de maneira coletiva, a construírem uma jornada de desenvolvimento e evolução. Numa empresa também é assim.
Agora, imagine compreender a atuação do cérebro no campo cognitivo e emocional e casar todo esse conhecimento com a gestão de uma equipe. Isso é neuroliderança.
“Mais de 90% das decisões de um indivíduo são tomadas com base na emoção e apenas 5% são feitas de forma racional. Esse dado nos traz a importância de analisar os aspectos sociais e emocionais que a empresa proporciona, visando evitar transtornos como depressão, Burnout e outras síndromes que podem ser desencadeadas em função das atividades exercidas.”
Liderança evolutiva e flexível
Foi-se o tempo em que um bom gestor ou gestora apenas delegava tarefas e planejava prazos e orçamentos. Atualmente, uma liderança evolutiva é aquela que se importa e sabe lidar com pessoas. Pensa, inclusive, na saúde mental dos seus colaboradores. E isso faz todo sentido.
“…uma pesquisa realizada na Universidade da Califórnia (UCLA), aponta que, para o cérebro humano, um ato de discriminação, exclusão ou rejeição, é interpretado com o mesmo sentido de uma agressão física, como levar um tapa ou um soco, por exemplo. A conclusão disso é que o nosso cérebro processa a dor física e a dor emocional da mesma forma.
Conforme o e-book reforça, uma liderança evolutiva ganha muito mais combustível com a aplicação da neuroliderança.
Para quem trabalha com gestão, não basta só ditar regras, mas, também, ter a percepção de que seu papel é ser um “agente regulador das dores sociais dentro da empresa, construindo relações de confiança e respeito com a sua equipe”.
E, por outro lado, apostar numa jornada de trabalho mais flexível, pois ela aumenta a produtividade em até 85%, de acordo com estudo divulgado pela revista HSM.
Como usar a neuroliderança a seu favor
Gestores que passam a ter conhecimento sobre neuroliderança, começam a ter uma consciência maior sobre as atitudes que tomam ao seu redor. Aqui vão algumas dicas resumidas que fazem parte do e-book:
- continue estudando bastante, pois a neuroliderança é uma área do saber em constante evolução;
- avalie e analise a equipe;
- amplie e promova boas sensações e relações;
- cultive o respeito em todas as suas formas;
- mantenha a equipe engajada (criando conexões, promovendo atividades e dinâmicas que despertem novas ideias, motivando e reconhecendo sempre).
No artigo, Como a neuroliderança me ajudou (e muito) quando eu mais precisei (parte II), a mentora em desenvolvimento humano Paula Tissot narra sua experiência como líder num projeto de alta complexidade. No texto, é possível elencar algumas atitudes que foram primordiais para a profissional:
- Entender o propósito do projeto e levantar o máximo de informação possível.
- Ter clareza de cada papel.
- Ter clareza dos próprios pontos fortes e pontos a fortalecer, e usar essa informação a favor da liderança da equipe.
- Conhecer a equipe que faria parte desta jornada.
- Comunicar-se de forma transparente, estratégica e recorrente com o time.
- Estar emocionalmente preparada para os momentos de pressão e tensão.
E que tal se aprofundar mais sobre o assunto? Veja algumas opções de cursos na área.
Neuroliderança – Liderança com Neurociência e PNL- Udemy
Compreendendo o Cérebro: Neurobiologia da Vida Cotidiana – Coursera