Dia 21 de janeiro é uma data que marca a importância da liberdade religiosa, tema abordado no blog anteriormente. No entanto, o assunto volta à tona, principalmente, devido ao aumento de casos de intolerância religiosa, durante a pandemia do Covid-19, como mostra este texto no blog da Veja.
Para se ter uma ideia, na França, foram registrados 235 ataques contra muçulmamos em 2020, de acordo com o Observatório Nacional da Islamofobia no país. No ano anterior, o número chegava a 154, ou seja, um aumento de 53%.
O Brasil segue a mesma tendência, registrando um crescimento nas denúncias desde as eleições de 2018. Aqui, as religiões de matriz africana, que são as maiores vítimas, passaram a sofrer ataques mais violentos. Em 2020, foram 245 denúncias de atos discriminatórios contra umbandistas, candomblecistas e outros praticantes. Em 2018, o número chegou a 211.
Intolerância religiosa é crime!
Aqui, no país, já existem legislações que tratam da intolerância e injúria religiosas, como a Lei 7.716/1989 e o Art. 140, § 3º do Código Penal, respectivamente.
Mas como agir diante desse contexto? É possível prevenir e estimular uma discussão sobre o tema? Aproveitando essas questões, o blog do Uno divulga uma lista de filmes que podem ajudar nessa missão, propondo uma reflexão sobre atitudes intolerantes, principalmente quando dizem respeito à religião.
Ghandi – dir. Richard Attenborough (1983)
A trajetória do famoso líder e advogado indiano, que optou pela desobediência civil na luta contra o Império Britânico, pode ser vista como um marco no combate à intolerância religiosa. Disponível: Net Now Claro, Apple TV e Google Play.
A Ganha-Pão – dir. Nora Twomey (2020)
A animação conta a história de uma jovem que vive no Afeganistão, um país conhecido por casos de intolerância religiosa. Ela se depara com a prisão injusta do pai. Diante da situação, ela terá que se disfarçar de garoto para garantir o sustento da família. Disponível: Netflix.
Persépolis – dir. Marjane Satrapi (2008)
Esta animação é uma viagem pelo contexto histórico do Irã, na visão de uma garotinha que sonha virar profetisa para salvar o mundo. Diante da obrigatoriedade de usar o véu, ela será estimulada a ser uma revolucionária. Disponível: internet.
O sonho de Wadjda – dir. Haifaa al-Mansour (2012)
Em Riade, na capital da Arábia Saudita, uma garota terá que vencer as barreiras para comprar uma bicicleta, item considerado nada bem visto para as meninas, diante do extremismo religioso presente na comunidade. Disponível: Netflix, Globoplay e GooglePlay.
Abril Sangrento – dir. Raoul Peck (2005)
Um soldado da etnia Hutu tenta manter sua família em segurança durante o genocídio e a perseguição religiosa em Ruanda, na África, em 1994. Disponível: HBO.
Os últimos dias de Gilda – dir. Gustavo Pizzi (2020)
A minissérie narra os últimos momentos de uma cozinheira que se depara com a chegada de uma milícia fundamentalista no bairro onde mora e vê seu estilo de vida ser colocado em xeque. Disponível: Globoplay.
Orações para Bobby – Russell Mulcahy (2009)
Após o filho cometer suicídio, uma fervorosa mãe católica, que defendia a cura gay, irá se transformar numa das maiores ativistas dos direitos homossexuais. Disponível: Netflix.