Pelo visto, o modelo de trabalho híbrido veio para ficar. É o que aponta a pesquisa da consultoria Robert Half, em que 63% dos trabalhadores informam que vão escolher o regime de trabalho até 2022. E 38% afirmaram que procurariam outro emprego, caso a empresa não ofereça flexibilidade.
Essa tendência se confirma também no mundo afora, como aponta o e-book da Microsof “Building resilience & maintaining innovation in a hybrid world” (Construindo resiliência e mantendo a inovação em um mundo híbrido).
De acordo com a publicação, 88% dos líderes na Europa apostam na permanência do regime misto. Os gerentes esperam inclusive que 65% da força de trabalho atue remotamente, pelo menos um dia por semana.
E não é pra menos. Para 82% das lideranças, as empresas se tornaram mais produtivas ao adotar esse modelo durante o período da pandemia. As vantagens não para por aí:
- 56% apostam que é uma boa oportunidade para manter os colaboradores na organização.
- 52% esperam que o regime híbrido torne a empresa mais atraente para potenciais talentos do mercado de trabalho.
- 54% veem como um ganho quando o tema é sustentabilidade, devido à redução na hora do rush, evitando congestionamentos e viagens de negócios dispensáveis.
E para os colaboradores? Além da produtividade, a felicidade também entra em jogo, de acordo com esta matéria, pois trabalhar de onde e quando quiser impactam no bem-estar dos colaboradores. Outros pontos positivos são a redução de custos e a segurança.
A importância da colaboração no modelo híbrido
Esse cenário revela que várias organizações viram a necessidade de se reinventar, independentemente do setor ou da área em que atuam, durante a pandemia do Covid-19. E, claro, a mesma situação também vem influenciando o comportamento dos colaboradores e gestores no ambiente profissional.
Por isso, o IDC Brasil, junto do Google Workspace, realizou uma pesquisa com 900 profissionais brasileiros. Dos inúmeros dados e informações coletados deste levantamento, podemos destacar as principais reflexões:
- “Ainda que estejam afastadas fisicamente, as pessoas seguem conectadas.”
- “Assim como na sociedade, a troca de informações dentro das empresas acontece de forma cada vez mais rápida e dinâmica, mesmo com seus funcionários passando a trabalhar de diferentes lugares e a ter mais flexibilidade nos horários.”
- “Trabalho remoto não significa trabalho isolado.”
- “Um dos caminhos encontrados pelas empresas para fazer tudo isso acontecer foi adotar e ampliar o uso das soluções de colaboração, na tentativa de encurtar a distância entre as pessoas.”
E, na prática, as medidas adotadas foram:
- Criação de documentos compartilhados para serem trabalhados de maneira colaborativa (apresentações, planilhas, documentos de texto).
- Criação de salas de bate-papo para discussão de projetos específicos.
- Uso de redes sociais internas para colaborar em projetos/fóruns de discussões.
- Construção de sites para compartilhamento de conteúdo entre a organização, times e pessoas.
- Projeção de arquivos durante chamadas de videoconferência e execução de ajustes/comentários em tempo real.
Conforme destaca a pesquisa, colaborar não pode se restringir apenas a um verbo, e, sim, deve ser compreendido como parte da cultura da empresa e tendo a tecnologia como principal aliada.
“A colaboração ainda é vista como simples e corriqueira. A maioria das pessoas associa o termo espontaneamente a ‘ajudar o outro’. É preciso estimular um pensamento diferente, que eleva a colaboração ao compartilhamento de ideias e à contribuição com sentimento de pertencimento.”
Nesta jornada de tantas mudanças, o que você tem feito para estimular uma nova forma de colaboração na sua equipe e entre colegas de trabalho?