Uma visita rápida aos comentários (inclusive de gays e mulheres), em vários sites, corrobora que ainda há muito preconceito contra uma mulher, de 57 anos, que decide expor os seios e a bunda num evento público de moda, como MET Gala, de 2016.
Realmente essas opiniões devem impactar o dia de uma artista que aliás colocou sutiã à mostra, com crucifixo, e usou cinto intitulado BoyToy nos anos 80.
Artista aliás que rascunhou e usou um sutiã de cone e ainda fez ensaio nu de todas as taras possíveis nos anos 90.
Artista aliás que, nos anos 2000, apareceu de collant roxo em plena pós-idade da loba.
Artista aliás que, na penúltima turnê, ficou literalmente de calcinha e sutiã no palco aos 50 e poucos anos.
Não é uma questão de achar feio ou bonito. Isso é apenas juízo de valor.
É Madonna provando, há anos, que ninguém deve cagar regra e tampouco datar prazo de validade dos outros.
As palavras de Madonna sobre tudo isso:
“Nós lutamos e continuamos lutando por direitos civis e direitos gays pelo mundo. Quando se trata do direito das mulheres, nós ainda estamos na idade das trevas. Meu vestido no Met Gala foi uma declaração política tão quanto uma declaração fashion. O fato das pessoas realmente acreditarem que as mulheres realmente não têm permissão de expressar sua sexualidade e se aventurar depois de uma certa idade é a prova de que nós ainda vivemos numa sociedade sexista e com discriminação por idade. Eu nunca pensei de um jeito limitado e eu não vou começar a fazer isso agora. Nós não podemos mudar em efetivo a não ser que estejamos dispostos a nos arriscar por ser destemidos e por ir por caminhos menos percorridos. É assim que a gente muda a história. Se você tem algum problema com o jeito com que eu me visto, isso é uma simples reflexão do seu preconceito. Eu não tenho medo de abrir caminho para as outras garotas atrás de mim. Como Nina Simone uma vez disse, a definição de liberdade é ser destemido. Eu continuo sem remorsos e com um coração rebelde nessa vida e em todas as outras. Junte-se a minha luta por igualdade de gênero!”