Quando mencionam o Dia Mundial do Rock, você lembra de qual artista?
Queen? Kurt Coubain? Paul McCartney? Led Zepplin? David Bowie? Pink Floyd? The Who? Kiss? The Doors? Raul Seixas? Mamonas Assassinas? Raimundos?
Pois é, todos: homens.
Dificilmente vamos encontrar alguém, que solte, de primeira, nomes de mulheres. E olha que a história do rock tem acordes orquestrados por artistas poderosas como Joan Jett, do The Runaways; Debbie Harry, do Blondie; Chrissie Hydes, do Pretenders; Beth Ditto, do Gossip, entre tantas outras.
E ainda temos aquelas cantoras que conseguiram transformar o próprio nome em algo muito maior, como Cássia Eller, Courtney Love, Rita Lee e Pitty.
Mas, se há uma trajetória que ainda merece ser reverenciada é a de Wendy O. Williams, considerada a Rainha do Shock Rock.
Wendy, líder da banda de punk Plasmatics, virava do avesso qualquer tipo de moral e bons costumes, com um som estrondoso.
Entre os anos 70 e 80, ela ficava nua e se masturbava (na real), quebrava e explodia qualquer coisa que encontrasse no palco, inclusive carros.
E, por incrível que pareça, chegou a ser indicada a um Grammy como melhor vocal feminina em rock and roll, em 1985. Premiação careta, às vezes, tem seus lampejos de justiça mínima.
Há um pouco de Wendy em cada artista de rock que chegou ao sucesso.
Você vibrava com os peitos de fora e o moicano da Cássia Eller?
Aplaudia Beth Ditto andar de calcinha e sutiã pelo palco?
Calma, Wendy já fazia isso tudo lá trás. E deixou vários DNAs pelo caminho.
Em 2010, Lady Gaga fez uma apresentação no programa da Oprah Winfrey que é praticamente uma homenagem à roqueira. Seria muito interessante vê-la flertar, novamente, com os compassos da Rainha do Shock Show.
Até porquê a morte de Wendy, em 1998, aos 49 anos, deixou um hiato estendido até hoje. A hipótese é que tenha tirado a própria vida com um tiro na cabeça. Talvez, com ela, tenha ido embora toda ousadia em falta atualmente.
“Eu não acho que as pessoas devem tirar sua própria vida sem uma profunda reflexão por um considerável período de tempo. Entretanto, eu acredito piamente que todos têm o direito de fazer isso em uma sociedade livre. Para mim, o mundo não faz sentido, mas meus sentimentos a respeito do que eu estou fazendo tocam alto e limpo para o interior de um ouvido e um lugar onde eu não estou, há apenas a calma.”