No dia 28 de junho, comemora-se o Dia Mundial do Orgulho LGBTQIA+. A data remete à Revolta de Stonewall, quando lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros enfrentaram a polícia de Nova Iorque em 1969. O acontecimento impulsionou o ativismo da comunidade LGBTQIA+ no mundo.
Para celebrar tamanha diversidade, que vai além do que a própria sigla representa, segue uma lista com dicas de séries e filmes. Sãos histórias de desafios e superações inspiradoras, inclusive para exercer vários conceitos como empatia e respeito à diversidade.
Vale destacar que o mundo vem mudando, cada vez mais, em relação aos direitos das pessoas LGBTQIA+. Recentemente, a Suprema Corte dos EUA, em votação, decidiu que pessoas lésbicas, gays e trans não podem ser discriminadas no trabalho e sequer demitidas por causa da orientação sexual. A medida é considerada uma das maiores conquistas da comunidade norte-americana desde a aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo, em 2015.
No Brasil, em 13 de junho de 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) equiparou os crimes de ódio cometidos contra a comunidade LGBTQIA+ ao racismo, criminalizando a homofobia.
Então, vamos começar a sessão de cinema? Clique em Disponível para acessar os links. Aproveite o fim de semana e ou seu momento de lazer para assistir aos filmes e séries.
A Morte e a Vida de Marsha P. Johnson – direção: David France (2017)
O documentário conta a trajetória de Martha P. Johnson, que esteve presente na Revolta de Stonewall e foi uma das fundadoras do movimento LGBTQIA+. Em paralelo, a ativista Victoria Cruz investiga as “pontas soltas” por trás da morte da amiga, ocorrida em 1992, enquanto uma onda de ataques contra mulheres trans ocorria na cidade de Nova Iorque. Disponível: Netflix. Classificação indicativa: 14.
Revelação – direção: Sam Fender (2020)
O produtor, roteirista e diretor Sam Fender faz um panorama da representação de personagens trans ao longo da história, na indústria do entretenimento dos EUA e os efeitos dos estereótipos e do apagamento histórico em algumas produções para a comunidade. O documentário traz entrevistas com Laverne Cox (Orange Is the New Black), Lilly Wachowski (Matrix, Sense 8), Yance Ford, Mj Rodriguez (Pose), Jamie Clayton (Sense 8) e Chaz Bono (filho da cantora Cher). Disponível: Netflix. Classificação indicativa: 16.
Paris is Burning – direção: Jennie Livingston (1991)
O documentário revela como é a cultura ballroom, bailes promovidos pela comunidade LGBTQIA+ negra e latina em Nova Iorque, onde emergia o voguing, um estilo de dança inspirado nas poses que as modelos faziam nas páginas da revista Vogue. Disponível: YouTube. Classificação indicativa: 14.
Strike a Pose – direção: Reijer Zwaan e Ester Gould (2016)
Os bastidores de uma das turnês da cantora Madonna, na década de 1990, sob olhar de sete dançarinos da Rainha do Pop, na época em que estourava seu hit Vogue, com fortes referências ao ballroom. Temas como aceitação, a questão da Aids e a orientação sexual são os fios condutores da história. Classificação indicativa: 14.
Pose – criadores: Ryan Murphy, Brad Falchuk e Steven Canals (2018)
O ballroom também é cenário deste seriado, que traz as histórias de jovens LGBTs expulsos de casa e que encontram refúgio e pertencimento nos bailes. A diretora de Paris is Burning atuou como consultora na produção e irá dirigir alguns episódios da terceira temporada. Grande parte do elenco é formada por atrizes trans. Disponível: Netflix. Classificação indicativa: 16.
Bixa, travesti – direção: Kiko Goifman e Claudia Priscilla (2019)
O documentário brasileiro narra a trajetória da cantora transexual Linn da Quebrada e a cena musical produzida por artistas trans em São Paulo. Disponível: Canal Brasil. Classificação indicativa: 18.
Laertese – direção: Eliane Brum (2017)
Com três filhos e três casamentos na trajetória, Laerte é uma cartunista que viveu quase 60 anos se identificando como homem, até que decidiu revelar sua identidade de mulher transexual. Disponível: Netflix. Classificação indicativa: livre.
Divinas Divas – direção: Leandra Leal (2017)
A atriz Leandra Leal conduz o documentário que dá um panorama sobre a primeira geração de artistas travestis que são referências nacionais. Um time de estrelas formado por Rogéria, Valéria, Jane di Castro, Camille K., Fujica de Holliday, Eloína, Marquesa e Brigitte de Búzios. Disponível: Canal Brasil. Classificação indicativa: 14.
RuPaul’s Drag Race – criação: RuPaul (2009)
Com uma extensa lista de prêmios na bagagem, incluindo dois Emmys, a drag queen RuPaul comanda o concurso mais original da TV. Nesse reality show, as concorrentes disputam, com muito glamour, o título de Drag Queen Superstar. Disponível: Netflix. Classificação indicativa: 16.
Uma mulher fantástica – direção: Sebastián Lelio (2017)
O drama chileno ganhou o Oscar na categoria melhor filme estrangeiro e se tornou o primeiro longa-metragem protagonizado por uma mulher transexual a conquistar a estatueta. Ele conta a história de Marina, uma mulher trans que precisa enfrentar o preconceito da família do ex-companheiro. Classificação indicativa: 16.
Carol – direção: Todd Haynes (2015)
Baseado no livro The Price of Salt, de Patricia Highsmith, de 1952, o filme conta a história de um romance proibido, vivido na década de 1950, entre uma mulher rica casada e uma balconista. Recebeu seis indicações ao Oscar, inclusive nas categorias Melhor Atriz (Cate Blanchett) e Melhor Atriz Coadjuvante (Rooney Mara). Disponível: Netflix. Classificação indicativa: 14.
Meus Dias de Compaixão – direção: Tali Shalom Ezer (2019)
Uma jovem, filha de um homem no corredor da morte, se apaixona por uma mulher que está do lado oposto da luta política que sua família está enfrentando. As atrizes Kate Mara e Ellen Page protagonizam a história. Disponível: Telecine Play. Classificação indicativa: 16.
Rafiki – direção: Wanuri Kahiu (2019)
Kena e Ziki vivem no Quênia e são grandes amigas. Mas suas famílias alimentam uma rivalidade política. A relação de amizade transforma-se em um romance que passa a afetar a rotina da comunidade conservadora em que vivem. Disponível: Telecine Play. Classificação indicativa: 14.
Casamento de Verdade – direção: Mary Agnes Donoghue (2016)
Katherine Heigl é Jenny, uma mulher que sofre pressão da família para encontrar um marido e se casar. Mas os pais ainda não sabem que ela é lésbica e namora Kitty, que todos acreditam ser apenas uma colega. Quando revela sua orientação sexual, a família entra em crise. Disponível: Telecine Play. Classificação indicativa: 12.
Secreto e Proibido – Direção: Chris Bolan (2020)
Terry Donahue e Pat Hensche viveram um amor secreto durante 70 anos, e o romance só foi revelado à família na velhice. Terry foi uma das jogadoras da primeira liga de baseball feminina, inclusive tema do filme Uma equipe Especial, assunto da resenha deste blog. Disponível: Netflix. Classificação indicativa: 14.
O Mau Exemplo de Cameron Post – direção: Desiree Akhavan (2019)
Em 1993, Cameron (Chloë Grace Moretz), uma estudante colegial, é forçada a passar pela terapia de conversão homossexual após ser flagrada com a rainha do baile de formatura. Disponível: Telecine Play. Classificação indicativa: 16.
Tomboy – direção: Céline Sciamma (2012)
Filme francês que conta a história da pequena Laure, que acaba de se mudar com a família para um novo bairro em Paris. Ao se enturmar e iniciar uma paquera, ela assume uma outra identidade de gênero. Disponível: Telecine. Classificação indicativa: 12.
Milk: a Voz da Igualdade – direção: Gus Van Sant (2008)
Harvey Milk se tornou o primeiro homem abertamente gay a ser eleito a um cargo público na Califórnia e conseguiu derrubar uma lei nacional que proibia os homossexuais de ensinarem nas escolas dos EUA. Sean Penn ganhou o Oscar de melhor ator ao viver o protagonista. O filme também venceu o prêmio de melhor roteiro original. Disponível: YouTube. Classificação indicativa: 16.
Moonlight – Sob a Luz do Luar – direção: Barry Jenkins (2017)
Ganhador do Oscar nas categorias melhor filme, roteiro e ator coadjuvante, Moonlight acompanha a trajetória de Chiron e sua descoberta da sexualidade e identidade. Temas como a questão racial, o bullying e o abuso psicológico no período escolar também são retratados no longa-metragem. Disponível: Netflix. Classificação indicativa: 16.
Com Amor, Simon – direção: Greg Berlanti (2018)
Simon Spier é adolescente gay tímido que troca mensagens anônimas com um rapaz no colégio. Ele só não contava que sua orientação sexual seria descoberta e alvo de um colega chantagista, que ameaça revelar a verdade para seus amigos. Disponível: YouTube. Classificação indicativa: 12.
Love, Victor – criação: Isaac Aptaker, Elizabeth Berger (2020)
Essa série é um spin-off de Com Amor, Simon e conta trajetória de Victor pelo ensino médio e suas autodescobertas típicas da adolescência e da orientação sexual. Disponível em breve: Hulu. Classificação indicativa: 14.
Hoje quero voltar sozinho – direção: Daniel Ribeiro (2014)
O filme, inspirado no curta-metragem Eu Não Quero Voltar Sozinho, conta o surgimento de um romance entre um garoto cego e um rapaz novo na cidade. O filme brasileiro foi vencedor do prêmio Fipresci, concedido pela Federação Internacional de Críticos de Cinema. Confira a crítica do filme. Disponível: Netflix. Classificação indicativa: 12.
Special – criação: Ryan O’Connell (2019)
Ryan O’Connell escreve, atua e produz a série, que conta a história de um jovem gay com paralisia cerebral, que deixa para trás os tempos de isolamento na busca da vida que sempre quis. Disponível: Netflix. Classificação indicativa: 16.
Sex Education – criação: Laurie Nunn (2019)
O jovem Otis é um especialista quando o tema é aconselhamento sexual, já que sua mãe é uma sexóloga. E ele acaba se tornando referência para os amigos no colégio. A série aborda a sexualidade na adolescência de forma real e sem tabu, incluindo os relacionamentos homossexuais. Disponível: Netflix. Classificação indicativa: 16.
Crônicas de San Francisco – criação: Armistead Maupin
A série narra a chegada de Mary Ann Singleton a San Francisco, um mulher heterossexual, e sua relação com a comunidade LGBTQIA+. O seriado possui quatro temporadas: Crônicas de San Francisco (1993), Mais Crônicas de San Francisco (1998), Outras Crônicas de San Francisco (2001) e Crônicas de San Francisco (2019). É baseado nos romances Tales of the City, do escritor Armistead Maupin. Disponível: Netflix (clique nos nomes das temporadas para assisti-las). Classificação indicativa: 18.
The Untold Tales of Armistead Maupin – direção: Jennifer M. Kroot (2017)
O criador de Crônicas de San Francisco também é tema de um documentário que conta a sua trajetória, que vai desde a participação nas forças armadas dos EUA até se tornar um expoente da causa gay. Disponível: Netflix. Classificação indicativa: 16.
Eastsiders – criação: Kit Williamson (2012)
Do dramaturgo Kit Williamson, que também atua na série, Eastsiders conta a história de um casal gay que tenta superar a crise no relacionamento. Disponível: Netflix. Classificação indicativa: 16.
Please Like Me – criação: Josh Thomas (2013)
A comédia dramática australiana mostra a vida de Josh, que após ser dispensado pela namorada, se assume gay e tem que lidar com uma nova etapa na vida. Disponível: Netflix. Classificação indicativa: 16.
Queer Eye – Criação: David Collins (2018)
Uma equipe de cinco rapazes gays, cada um na sua especialidade, proporciona uma mudança no visual e orienta uma vida mais positiva para homens, inclusive os héteros. A série, sucesso de público, é uma releitura do reality show Queer Eye for the Straight Guy. Disponível: Netflix. Classificação indicativa: 12.
Favela Gay – Direção: Rodrigo Felha (2014)
As favelas cariocas formam o cenário desse documentário que traz relatos de lésbicas, travestis, transexuais e gays. A temática gira em torno do preconceito, da homofobia e da aceitação familiar. Disponível: Canal Brasil. Classificação indicativa: 14.
Negrum3 – Direção: Diego Paulino (2018)
O filme experimental, vencedor da Mostra de Cinema de Tiradentes (Melhor Curta-metragem pelo Júri Popular) e do Shortcup World Film Festival, retrata as questões sobre sexualidade e vivência da juventude negra em São Paulo. Atenção para as referências ao movimento Afrofuturismo. Disponível: Canal Brasil. Classificação indicativa: 14.
Hollywood – Criação: Ryan Murphy e Ian Brennan (2020)
Um grupo de jovens atores e um cineasta tentam crescer na carreira profissional no período da Segunda Guerra Mundial. A minissérie conta como seria se Hollywood não tivesse oprimido profissionais e histórias LGBTs numa época conturbada por conflitos políticos e sociais. Disponível: Netflix. Classificação indicativa: 16.
Minhas famílias – direção: Hao Wu (2019)
O curta-metragem narra a história do próprio diretor, um homem casado e com filhos nos EUA, mostrando como é o processo de aceitação de sua homossexualidade por sua tradicional família chinesa. Disponível: Netflix. Classificação indicativa: 14.
E você? Já tinha visto algumas dessas produções? Tem algum filme ou série recentes para indicar que não está nessa lista? Deixe sua sugestão nos comentários.