Sabemos que elas são as principais responsáveis pela criação dos filhos. No entanto, uma pesquisa do site Think With Google, comprovou isso com dados, inclusive 35% são mães que dividem as responsabilidades na família, assumindo a maioria das tarefas. E parte delas são, também, mães solteiras (30%).
Entre as atividades que elas dedicam mais tempo no cotidiano:
- 38% trabalham fora;
- 27% cuidam dos filhos;
- 16% cuidam da casa;
- 8% estudam;
- 5% reservam momentos para descanso/lazer;
- 5% cuidam de si próprias, com atividades físicas.
Ufa! Mães investem tempo e energia para se dedicar a vários propósitos: filhos, família e carreira. Só que este último item nem sempre acompanhou os sonhos dessas mulheres.
Ainda de acordo com o Think with Google, ao longo da história, a sociedade acompanhou algumas transformações relacionadas à maternidade:
- anos 70: a mãe do lar só almejava concluir tarefas de casa;
- anos 80/2000: mãe “margarina” simbolizava a mãe perfeita, com amor incondicional;
- anos 2010: super mães eram exemplos de sacrifício e reconhecimento;
- dias atuais: maternidade real em que mães não maqueiam suas dificuldades e falam abertamente sobre situações do dia a dia.
Qualquer semelhança com o mundo corporativo não é mera coincidência. Por exemplo, ser líder hoje numa empresa não é a mesma coisa como era no passado, não é mesmo?
Além do mais, reflita: já imaginou o que a liderança e a maternidade têm tanto em comum?
Veja só: se a mãe lidera os filhos para a vida, um líder conduz sua equipe para o melhor caminho na carreira profissional e dentro da organização.
A base para ambos não é obter poder, mas, sim, desenvolver o outro, que está sob seus cuidados.
Muita gente acredita que maternidade e liderança são dons. No entanto, uma mãe ou um líder precisam desenvolver habilidades como: poder de influência, engajamento e convencimento, para se tornarem exemplos a serem seguidos.
O filósofo Mário Sérgio Cortella afirma que o líder é capaz de inspirar pessoas. Para ele, se alguém só expira não consegue ser líder, apenas chefe. Para as mães, esse também é um conselho válido.
Aproveitando a ocasião, separei alguns filmes que abordam mães que inspiram liderança.
Minha mãe é uma sereia (Richard Benjamim, 1990)
Nesta comédia, a cantora Cher encarna o papel de uma mãe solteira muito à frente do seu tempo. Mas, na cabeça de uma de suas filhas, a adolescente Charlotte (Winona Ryder), isso é um conflito, pois a jovem almeja ser freira. Pontos de atenção no filme: como lidar com conflitos de gerações.
Sexta-feira Muito Louca (Mark Waters, 2003)
O que pode acontecer quando, de repente, mãe e filha trocam de corpos? Confusão na certa, nesta comédia, estrelada por Jamie Lee Curtis e Lindsay Lohan, em que as duas terão que lidar com adversidades. Pontos de atenção no filme: aprender a se colocar no lugar do outro (empatia).
Minha mãe é uma peça 1 e 2 (André Pellenz, 2013 – César Rodrigues, 2016)
O comediante Paulo Gustavo dá vida à Dona Hermínia, uma mãe irreverente que passa a lidar com uma nova realidade: os filhos saindo de casa. Pontos de atenção no filme: o momento ideal para fazer autocrítica e exercer a liderança no lugar do autoritarismo.
Central do Brasil (Walter Salles, 1998)
Dora (Fernanda Montenegro) é uma ex-professora que ganha dinheiro escrevendo cartas para pessoas analfabetas, mas sem postá-las. A história dela vira do avesso quando se vê obrigada a cuidar de um garoto que perde a mãe – uma de suas clientes – em um acidente. Pontos de atenção no filme: o valor da ética, a autocrítica, a determinação e o engajamento.
Que horas ela volta? (Anna Muylaert, 2015)
Val (Regina Casé) é uma pernambucana que trabalha como doméstica e babá em São Paulo. Ela recebe a visita da filha, que não se comporta da forma como os patrões esperavam. Pontos de atenção no filme: resiliência e superação de obstáculos.
Lado a lado (Chris Columbus, 1998)
Jackie (Susan Sarandon), mãe divorciada com câncer terminal, terá que lidar com a chegada da nova namorada do ex-marido, muito mais jovem que ela. No primeiro momento, os dois filhos não aceitam muito bem a madrasta. Mas as coisas começam a mudar. Pontos de atenção no filme: aprender a lidar com as diferenças e a desenvolver habilidades como convencimento e diálogo.